giovedì 26 aprile 2018

Al via un nuovo ciclo di esperienze di mobilità internazionale, responsabilità sociale dell'università e Service Learning: Progetto BEA e INTEREURISLAND

È iniziato ormai da due settimane il nuovo ciclo delle esperienze di mobilità internazionale attraverso il Progetto BEA e la ricerca INTEREURISLAND, nella città di Petrolina-PE e Juazeiro-BA, in Brasile.


Aeroporto di Petrolina-PE

PROEX, Prorettorato di Extensão, UNIVASF, Petrolina-PE

I protagonisti dell'equipe 2018 sono gli studenti del corso di laurea in Scienze dell'educazione e della formazione FISPPA, UNIPD di Rovigo, Beatrice Aiello, Sara Fornaro e Giacomo Longo e Ludovica Fedele, neo laureata in Scienze dell'Educazione e della Formazione sede di Padova, con uno stage post-lauream.




FINASE CASE, Petrolina-PE, Adolescenti in conflitto con la legge






Le prime attività di questo semestre di alternanza fra studio e tirocinio sono state le visite ai diversi enti Partner delle città di Petrolina, nel Pernambuco, e Juazeiro nella Bahia.








FUNASE CASEM, Petrolina. Adolescenti in conflitto con la legge,
in regime di semi-libertà.
APAE Petrolina-PE, persone diversamente abili
Pastoral da Mulher, Juazeiro-BA, Donne in condizioni di prostituzione

NAENDA FUNDAC, Juazeiro. Adolescenti in conflitto con la legge,
in regime di semi-libertà
Lar São Vicente de Paulo, Juazeiro-BA, anziani in condizioni di disagio
UNEB, DCH III, Juazeiro-BA, assieme alle studentesse brasiliane che hanno
vissuto l'esperienza di scambio a Rovigo, FISPPA, UNIPD.
Buon cammino, Nicola Andrian

venerdì 20 aprile 2018

QUEM ACREDITA SEMPRE ALCANÇA - Report final da experiência de intercâmbio de Luana Canário, Pedagogia, DCH III - UNEB

Para início de conversa, falar da experiência que tive durante esses quatro meses como intercambista acaba não sendo uma tarefa fácil, são muitas emoções…


Tudo iniciou quando decidi embarcar nessa aventura, em busca de um sonho... Acredito que assim como eu, muitos estudantes sonham em ter uma experiência no exterior. Quando fiquei sabendo que a UNEB criou um convênio com a Universidade de Padova através do projeto INTEREURISLAND do Professor Nicola Andrian pelo qual estudantes de pedagogia teriam a oportunidade de estudar e realizar um estágio na Itália, senti que o 2017 seria a minha vez de embarcar nessa experiência.

Para chegar até onde eu cheguei foram meses de muita correria e trabalho. Acredito que a força vinha de Deus, o desanimo muitas vezes aparecia, mas quem tem amigos tem tudo. Quando pensava que não conseguiria suportar sempre aparecia amigos que tinham palavras de ajuda, as quais tenho certeza que me deram forças para continuar.
O primeiro passo começou com a arrecadação de dinheiro para conseguir me manter fora do País, então com incentivos de amigos iniciei uma campanha nas redes sociais em prol do meu intercâmbio. Os dias iam se passando, os meses também e a angustia era grande. Ao publicar a campanha, amigos, meus professores do ensino médio, professores da universidade, minha família e pessoas que não me conheciam estavam dispostas a me ajudar de alguma forma, com palavras de encorajamento que me davam força para continuar, ou até mesmo com valores simbólicos.
Ações realizadas para arrecadação de dinheiro e me manter fora do País
A campanha foi tomando uma dimensão que não esperava, blogs da região do vale do São Francisco publicavam, páginas patrocinavam a campanha, e tudo foi dando certo.... Algumas ações continuaram a acontecer na universidade desde vendas de lanches, doces á rifas, e por isso agradeço de coração a comunidade acadêmica da universidade do estado da Bahia dos dois departamentos do campus III Juazeiro-BA por todas as colaborações e incentivos, pois sem essas cooperações não estaria aqui relatando minha experiência.

Antes de partir, ouvi dizer de uma grande amiga italiana: “você estará do outro lado do mundo, mas não estará sozinha”. Essas palavras tiveram um poder imenso, pois o medo que sentia antes mesmo de partir se transformou em força para ir avante em busca do meu sonho.
Durante esses quatro meses, tive a oportunidade de conhecer muitas coisas e pode estagiar na cooperativa social “Peter Pan”. Foram momentos muito ricos, cheios de aprendizagem. A cooperativa Peter Pan oferece assistência a crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem e que passam por dificuldades familiares e presta serviços de reforço escolar. Todos os dias crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, após saírem da escola, das 14 ás 17 horas da tarde, frequentam a cooperativa onde são acompanhados por educadoras que os ajudam a realizarem atividades escolares.
Conhecendo a cooperativa 'Peter Pan'
Eu estive presente em duas realidades da cooperativa Peter Pan na cidade de Rovigo e na cidade de Adria e isso foi uma grande oportunidade pois acompanhei a mesma cooperativa em realidades distintas, onde aprendi muito com as crianças, com as dinâmicas das educadoras, pois além de ajuda-los nas suas questões escolares as educadoras estavam prontas para ouvi-los e orienta-los quando era preciso também.

Elaborar um projeto a ser executado com as crianças foi desafiador. Durante as semanas de observação nos dois espaços percebi que eles estavam na cooperativa para estudar e que eu não teria tido muito tempo com eles e não teria tido a possibilidade de fazer algo grande. No pouco tempo que tive nas duas realidades, me aproximei de algumas crianças as quais, tanto na cidade de Rovigo como de na de Adria, me falavam de sonhos, de vontades...

Então ouvindo o que eles me contavam percebi a necessidade que eles tinham de serem ouvidos e pensei em produzir com eles um livrinho no qual eles pudessem escrever seus sonhos, exprimir seus sentimentos. Durante a oficina de escrita percebi a confiança e veracidade que depositaram no momento da escrita das páginas do livrinho.

Essa é uma das páginas do livrinho dos sonhos, em que uma das crianças relata seu grande sonho e exprime seus agradecimentos por alguém.
Ter o escutado, o qual me comoveu muito, foi tanto que no momento em me entregou-me sua produção e abraçou-me senti como se ele estivesse depositando sua confiança em mim, pois me contou algo muito particular da sua vida. Diz-me que para ser o garoto mais feliz do mundo teria gostado de ter seus parentes e seu pai cada com ele a cada segundo da sua vida.
Umas das experiências mais ricas que com certeza carregarei comigo na minha jornada pedagógica, como na minha vida pessoal. Considero essa como uma experiência que mudou minha visão de mundo, meu modo de agir como também me possibilitando superar medos. Cheguei a executar coisas que nunca passaram pela minha cabeça, como por exemplo estar à frente de estudantes que ansiavam para aprender a língua portuguesa, sentia uma responsabilidade muito grande pois eu estava ali querendo ou não representando meu país. Um momento ímpar que o intercâmbio me proporcionou foi o de transmitir um pouco da minha realidade e da minha cultura.

Muitas pessoas passaram na minha vida durante esses quatro meses de intercâmbio, cada uma de forma diferente, deixando exemplos e muito aprendizado...

Pessoas de alma, de coração, que ficarão marcadas para sempre na minha vida e as levarei para sempre no meu coração. Entre as quais tive a honra de conhecer e conviver por três meses com uma  pessoa muito querida que conheci nessa experiência e que com certeza levarei como um exemplo de vida. Mesmo passando por muitas dificuldades para chegar onde chegou esta pessoa nunca parou de sorrir, nunca deixou de me cumprimentar e de procurar saber como eu estava, com o seu jeito encantador de ser e de agir me marcou muito durante essa aventura. Um salve para um exemplo de garra e força.


E assim finalizo com muitos sorrisos, sorrisos de pessoas que fizeram parte dessa experiência e que me proporcionaram momentos incríveis de muita aprendizagem, as quais levarei sempre comigo. Tudo na vida tem um tempo determinado e nada que acontece nas nossas vidas é por acaso. Retornei dessa aventura realizada, não foi fácil, mais tudo foi necessário para chegar até aqui e expressar a minha realização. Eu acreditei e consegui, como já dizia Renato Russo: “ Quem acredita sempre alcança”.

Luana Canário de Almeida,
Estudante de Pedagogia da Universidade do estado da Bahia/ DCH III- Juazeiro-BA, Brasil.

giovedì 19 aprile 2018

"Itália dos meus sonhos" - Report final da experiência de intercâmbio de Allicia Silva Cabral, Pedagogia, DCH III - UNEB.


“Itália dos meus sonhos” é assim que denomino a incrível viagem de intercâmbio à Itália. Foram 140 dias de novidade.
Welcome days, Universidade de Padova, Itália.
Todas as experiências vividas até o momento, repletas de sentimentos inenarráveis por vezes, como o contato com a cultura local na Universidade de Padova, o conhecer europeus de diversos países no CLA, fascina. Mas, sobretudo, conhecer africanos de diversos países passando por uma situação infinitamente desconfortável por diversos motivos, traz uma reflexão sobre nossa própria vida (Trecho do meu primeiro relatório referente ao mês de outubro de 2017).
A minha experiência alí foi dividida entre: aulas na Universidade de Padova (Sede de Rovigo), aulas de italiano no Centro Linguístico do Ateneo (Pádua) e um estágio na Cooperativa Social Porto Alegre, que faz acolhimento de imigrantes e requerentes de asilo político (Rovigo e San Martino), além de momentos de conversação de português do Brasil com quatro estudantes que viriam ao Brasil nos meses seguintes (Rovigo).
Na Coopertaiva Porto Alegre em Rovigo

Optei por fazer meu estágio formativo na Cooperativa Porto Alegre, pois desde que ainda estava no Brasil, já tinha o desejo de estagiar nesta cooperativa, que me atraiu pelo fato de ser um espaço extremamente carente de um desprendimento no sentido da comunicação necessária para obter êxito nas atividades. Mesmo sem saber como intervir, num lugar de ausências diversas, tomei como um desafio motivador.

Ao observar as atividades que a cooperativa oferecia percebi que são de longe bem elaboradas e executadas, mas acreditei que poderia trabalhar de modo a potencializar o que já existia naquele espaço. Mas não é fácil se inserir numa realidade alheia a sua: foi muito difícil estar no Centro 'Mamma Bambino', pois nenhuma das mulheres estava com o italiano em nível de conversação e o meu nível também não me deixava tão segura, a maioria falava inglês (com um sotaque muito diferente do que já ouvi) e visto que meu nível de inglês era também muito básico e incapaz de dialogar tranquilamente, me vi um tanto quanto ‘travada’ (Fragmento do meu relatório de dezembro de 2017).

Além da efervescência que era a vida de estudante/estagiária, tinha o meu lado turístico que aproveitava cada brecha para conhecer mais da maravilhosa Itália. Passar datas festivas também deu um toque especial à minha jornada de quatro meses. As atividades acadêmicas foram encerradas antes do final do mês pelo fato de ser um período festivo em todo o ocidente, havendo Natal e o Ano Novo. Todavia, foi um tempo carregado de experiências fortes com a conclusão de duas atividades na Universidade, sede em Rovigo e o curso de italiano em Pádua, além da construção do meu projeto de intervenção.

Dezembro me trouxe um sentimento de finalização e ao mesmo tempo uma motivação por estar iniciando as aulas do curso de português e cultura brasileira, ademais estar me preparando para tornar minha presença ativa na cooperativa abrandou a grande saudade que tinha de minha casa (família e amigos). A saudade da família era muita, ainda mais quando tentava explicar o que era a saudade, palavra exclusiva do português, mas a realização de sonhos traz um conforto que me fazia sentir em harmonia com o lugar em que eu estava.

Também fui convidada pela presidente da cooperativa Roberta Lorenzetto para acompanhar algumas atividades de encontro entre adolescentes e hóspedes da cooperativa na Escola Secundária Paleocapa, em que os estudantes tinham a possibilidade de conhecer a situação atual da imigração na Europa ouvindo dos próprios imigrantes, o que segundo os alunos lhes dava uma segurança a respeito das informações, o que ajudaria na quebra de preconceitos em relação aos refugiados.

Minha parte de intervenções dentro da cooperativa seguiu o que havia sido planejado inicialmente: Meu projeto teve como principal objetivo motivar a aprendizagem da língua italiana, algo que é realmente um desafio após experiências traumáticas, além do fato de não conviver com os italianos em sua vida cotidiana. Comecei a contar parte da minha experiência para aprender italiano, pois eles estavam curiosos, porque eu cheguei aqui na Itália há menos tempo que eles (Parte do meu relatório de janeiro de 2018).
Seminário final em Rovigo


Estar num ambiente totalmente diferente do meu é por vezes sufocante, em relação as diferenças, pois são muitas, e como se diz italiano: "fa fatica", ou seja, trazem fadiga ao sujeito para aprender coisas cotidianas e ainda se situar no local específico de estágio. Mas ainda que se faça pouco (menos do que eu queria), em razão do tempo também, creio que quando há esforço para trabalhar de forma relevante, em outras palavras, proveitosa para os indivíduos inseridos naquela realidade.
Aquilo que fica é a energia que foi empenhada naquela situação, digo que o esforço traz uma atmosfera de colaboração e mesmo que naquele instante não seja sentida ou logo depois, existe uma consciência sobre o que foi feito. O foco da atividade deve estar correto, não deveria ser importante e marcante para mim, mas para as pessoas que fazem parte do ambiente; se estou numa escola: o aluno; se estou na cooperativa que faz acolhimento aos imigrantes, estes são o centro.

A experiência que tive me deixou um ser humano melhor, pois além de me deixar mais segura sobre minhas capacidades, no sentido de ter percebido minha coragem de partir e a força para lutar por meus sonhos em terras estrangeiras. Além disso, me tornei muito mais grata com a vida, agradeço a Deus pela oportunidade, família e amigos pelo apoio e em especial aos grandes amigos que deixei na Itália pelo grande carinho que me deram e ajuda durante minha estadia na Itália.

Por todas as fortes sensações nas aventuras que tive do outro lado do mundo, afirmo: valeu a pena! Antes de voltar eu falei que uma parte do meu coração ficaria na Itália, e percebi que não é sobre sua nacionalidade, mas sobre o ser humano que apesar de diferente deve ser respeitado e valorizado. Concluo citando um amigo estrangeiro na Itália: “A nossa pátria é como uma mãe, podemos deixá-la, mas não nos permitimos jamais esquecê-la.” (Raeef Burro).


Allicia Silva Cabral, graduanda em Licenciatura em Pedagogia, Universidade do Estado da Bahia- UNEB, DCH-III, Juazeiro-BA, Brasil.